A partir de hoje, o Jornal Folha Popular, publicará uma série de reportagens especiais, acerca dos números da política local e sua volatilidade nos processos eleitorais. Um trabalho minucioso, resultante de pesquisas, enquetes, entrevistas e conversas com quem vive o cotidiano da política na cidade.
A Dança dos Números, expressão que intitula esta série, traz considerações, projeções e perspectivas de políticos; líderes partidários; gestores públicos; administradores; lideranças comunitárias e, de sua excelência, o eleitor. Um trabalho sério, construído com muita responsabilidade e respeito ao que temos de maior valor, nossos leitores, assinantes e colaboradores.
Nessa primeira edição traremos os números gerais dessa complexa engrenagem eleitoral que nos dará uma pequena noção do universo que nos cerca.
Lauro de Freitas, segundo dados do IBGE, tem uma população de aproximadamente 200 mil habitantes. Desses, 126.797 estão aptos a votar, fazendo do município, o sétimo colégio eleitoral da Bahia, ficando atrás somente de Salvador, Feira de Santana, Vitória da Conquista, Camaçari, Juazeiro e Itabuna. Nossa zona eleitoral é a 180.
Segundo dados do TER, 22 partidos estão registrados e aptos a disputar as eleições em Lauro de Freitas. São eles: PT, PP, PSD, PL, PSB, PRB, PCdoB, PMN, Avante, Pros, Solidariedade, Patriotas, Rede, PRTB, PDT, DEM, PSDB, PV, MDB, PMB, PTB e PSC.
Considerando que a lei eleitoral permite que cada partido lance até 32 candidatos, o quantitativo de pessoas disputando as 21 cadeiras do legislativo pode chegar a 704. O maior número de candidatos já registrados na história da cidade, o que torna esse processo, o mais disputado de todos os tempos. Especialistas acreditam que não teremos nesse pleito aqueles “candidatos fenômenos” que alcançam 2 ou 3 mil votos.
O quociente eleitoral deve ficar na casa dos 4.500 a 5.000 votos e segundo nossos analistas 6 partidos podem eleger até 2 vereadores: PRB, PT, PP, PL, DEM, PSD e Avante e que nenhum deles fará acima de 2.
Num processo eleitoral os partidos se unem uns aos outros para ampliar a vantagem sobre seus concorrentes. Esse processo chamado de coligação partidária está proibido pela nova lei eleitoral.
A reforma determinada pelo Superior Tribunal Eleitoral (TSE), só permite coligação para as campanhas majoritárias, ou seja, os partidos só podem se coligar para a eleição do prefeito(a). Na disputa de vereador cada partido anda sozinho. Os votos creditados ao candidato do partido (A) não vão mais ajudar a eleger o candidato do partido (B).
O prazo para as filiações partidárias e troca de partidos se encerrou no mês de abril, mas as movimentações para composição das chapas estão a pleno vapor. Já é possível enxergar um arcabouço do que será esse engenhoso quebra cabeças e para onde fluem as correntes e forças políticas no município.
Veja como está a arrumação dos partidos na construção das coligações para apoio aos candidatos(as) a prefeito(a), ressaltando que essa arrumação tem uma dinâmica cotidiana, o cenário que se apresenta hoje, pode ser totalmente diferente de amanhã. As costuras e articulações políticas estão acontecendo neste exato momento e tudo pode mudar em fração de horas.
A coligação encabeçada por Moema Gramacho (PT) terá em seu tabuleiro 13 partidos: PT, PP, PRB, PL, PMN, SOLIDARIEDADE, PATRIOTAS, PROS, REDE, PSB, Avante, PRTB, PDT e PC do B. A coligação de apoio a Teobaldo Costa (DEM) será composta por 4 partidos: DEM – PTB – PV – PSDB. A deputada Mirela (PSD) conta com o apoio do seu partido PSD, PMD e MDB. Gustavo Ferraz disputará ao lado do PSC.
Veja quadro sistematizado.
Por: Ricardo Andrade
- As informações contidas nessa matéria não refletem necessariamente a opinião do Jornal Folha Popular. Como fôra dito no inicio, esse trabalho é resultado de uma consulta a diversos atores dos mais variados seguimentos.