O atraso, no pagamento do salário dos servidores municipais, esquentou os embates nas redes sociais, no início da semana, a ponto de pautar a sessão da Câmara, na última terça-feira (06), quando um grupo de servidores ocupou a Casa Legislativa para protestar.
Um grupo formado por fiscais das Secretarias de Desenvolvimento Urbano (SEDUR), Saúde e Meio Ambiente recebeu apoio dos vereadores da oposição e críticas da base aliada. O vereador Coca Branco (PP), em conversa com o FOLHA, disse que o salário é algo de muita responsabilidade e que a prefeita precisa ser mais sensível e gostar mais dos trabalhadores. O mesmo afirmou, ainda, que logo após o protesto na sessão, o salário foi pago, o que segundo ele, prova que havia o recurso e o que falta mesmo é sensibilidade e cuidado com o servidor. “Isso prova que o governo só pega no tombo”.
O vereador Edvaldo Palhaço, defendeu o governo. Disse ele que, “o prazo estabelecido pela lei que diz, que o gestor tem até o quinto dia útil do mês para pagar o salário, está sendo cumprido”. O vereador falou sobre a crise que o país enfrenta e o momento difícil para os municípios. Palhaço disse entender a reação natural e legítima dos trabalhadores, mas chamou a atenção para o cuidado na relação com a gestora. Segundo Edvaldo, a prefeita recebe, diariamente, denúncias de falta de fiscalização, principalmente no que tange a poluição ambiental e sonora, e, que mesmo diante das críticas, ela defende seus funcionários, dizendo que vai investir mais na estrutura, para que os fiscais possam desempenhar melhor o seu papel.
“É isso que eu gostaria que ficasse entendido, não tem que haver intolerância nem disputa, e sim, cumplicidade. A boa relação entre governo e servidores é fundamental para o desenvolvimento da cidade”. Concluiu.
A assessoria de comunicação do governo afirmou que, até sexta-feira, todos os servidores receberão seus respectivos salários. Mara Campos, superintendente de comunicação, explica que a tabela que estabelece a data para o pagamento dos salários, publicada em fevereiro, no diário oficial, é apenas uma referência, uma projeção, mas o que vale mesmo é a lei, que estabelece o limite até o quinto dia útil do mês subsequente.
Por: Ricardo Andrade