Embora defenda a existência de um nome feminino à chapa majoritária do governador Rui Costa (PT), a secretária de Mulheres do PT baiano, Brena Pinto, acredita que essa escolha passa por questões diversas. Com apenas uma vaga em aberto na sua chapa, o petista precisa escolher entre a senadora Lídice da Mata (PSB) e o presidente da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA), Ângelo Coronel (PSD), para a segunda candidatura ao Senado. “Eu não estou no grupo de debate da eleição, da composição da chapa”, começa Brena. “Eu acho que envolve muitas coisas que dizem respeito ao governo do Estado, a outros partidos e outros diálogos que existem nesse formato de governo de coalizão. Mas acho que é importante garantir o espaço da mulher”, avalia a secretária.
Ela destaca que reconhece o “olhar diferenciado” na administração de Rui por ter seis mulheres à frente das secretarias – Andréa Mendonça (Seagri), Cibele Oliveira Carvalho (Serin), Arany Santana (Secult), Julieta Palmeira (SPM), Fabya Reis (Sepromi) e Luiza Maia (SDE). Quanto à participação feminina no Legislativo, um dos objetivos do núcleo que Brena coordena é garantir uma maior representação no Congresso Nacional.
“Nós queremos ampliar nossa bancada, hoje nós temos seis pré-candidatas a deputada estadual e três pré-candidatas a deputada federal”, frisa. Na última eleição, Moema Gramacho se elegeu para a Câmara, mas deixou o cargo para assumir a prefeitura de Lauro de Freitas, em 2016.
Para garantir essa maior presença de mulheres também nos dois Poderes e nos demais espaços políticos, o projeto “Elas por Elas” será lançado em Salvador nesta sexta-feira (8). A iniciativa visa dar condições para que as mulheres ingressem e se mantenham na política (veja aqui). “A ideia é acompanhar as candidaturas femininas, tanto no sentido de dar orientação na candidatura, na campanha, na formação dessas mulheres porque a gente não quer só um crescimento quantitativo, mas qualitativo”, destaca Brena, afirmando que a partir de amanhã, o grupo dará início a uma série de eventos para impulsionar as candidaturas de mulheres do PT baiano.
De acordo com ela, a sigla já adotou a paridade de gêneros em todas as suas direções e também garante que a verba partidária é equiparada.
Fonte: Bahia Noticias