O deputado federal Valmir Assunção (PT) atacou o presidente do Brasil, Jair Bolsonaro. Ele esteve presente no Pelourinho nesta sexta-feira (1º), no segundo dia de carnaval em Salvador. Segundo o petista, o governo nacional prega a desunião do país, num momento que deveria ser de unidade.
“A união é sempre importante e nós temos que trabalhar para isso, mas quem quer desunir o país é Bolsonaro. Ele que diz que a esquerda não pode existir, eles não querem deixar nem as pessoas debater na Câmara Federal. Tentaram cassar a minha palavra justamente no primeiro momento da abertura do Congresso Nacional. Nós vamos trabalhar sempre para ter unidade no Brasil, porque você pode ter experiência, mas tem uma coisa que tem que nos unir é o objetivo de ajudar a desenvolver o nosso país, melhorando a qualidade de vida das pessoas. Isso é o que tem que nos unir. Infelizmente o governo existente no Brasil não prega isso e não quer. Por isso que eu acho que o slogan do carnaval pode ser um impulsionador para isso, mas não depende de nós da esquerda. Depende do governo que diz que não vai dialogar com os sem-terra, os sem-teto. Tomou uma posição dura com relação à reforma da previdência. Fazer com que as mulheres possam trabalhar cinco, sete anos a mais para ter direito à aposentadoria, justamente as mulheres que tem três jornadas diárias. É inaceitável”, afirmou em entrevista ao Bahia Notícias.
Valmir Assunção também comentou o ataque ao ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, por integrantes do PCO e do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Porto Seguro. Ele teve o carro cercado durante visita ao Parque Nacional do Pau Brasil. Para o deputado do PT, o motivo foi o fato de o governo nacional ter interesse em privatizar o local.
“O que aconteceu em Porto Seguro é porque o ministro quer privatizar o Parque, que é um patrimônio do povo brasileiro. Não adianta querer privatizar o Parque ou o governo Bolsonaro não querer dialogar conosco. Nós vamos resistir, vamos disputar essa política em todos os lugares. Vai ter reação. Não adianta Bolsonaro achar que só porque ele é o presidente do Brasil, manda na cabeça e nas organizações. Não! O processo democrático permite existir organizações populares. O movimento sem-terra é um movimento popular. Enquanto isso vamos continuar lutando. Não vai criminalizar. E ele pode tomar a atitude que ele quiser, mas vamos continuar existindo, porque existe uma legitimidade no movimento. O artigo 184 da CF diz que todas as terras improdutivas tem que ser distribuídas com a reforma agrária. Se o governo não faz, nós vamos pressionar o governo para fazer. É legítimo isso. Esse é o processo democrático, mas ele não sabe o que é democracia”, disse.]
Fonte: BN