Como havíamos prometido, aqui está a avaliação do resultado da eleição para deputado federal em Lauro de Freitas. Vale lembrar mais uma vez, que publicamos no dia (03) uma leitura conjuntural, que trazia apostas quanto ao ranking dos mais votados na cidade. Confira a tabela no final do texto.
O candidato Alexandre Marques, que apostamos ser o primeiro da lista com dez mil votos, nos surpreendeu de forma negativa. Em 2014, Xande como é chamado pelos seus mais próximos, cravou 6.017 votos na cidade o que o estabeleceu como o 3ª mais bem votado. Talvez sua a base eleitoral não tenha avaliado bem a mudança dele da oposição para o time de Rui Correria. O fato é que, os 14 mil votos em todo estado, deixou ele distante da possibilidade de assumir uma cadeira em Brasília.
Erramos feio na nossa projeção escrita no dia (03) sobre a Tia Eron. Acreditávamos que ela sairia imune da tragédia eleitoral dos aliados de Temer. Porém, além de perder mais de 3.000 votos ente 2014 e 2018, ainda ficou sem mandato. Imbassy já tínhamos previsto ser vítima da carga negativa do Temer e não por um acaso também não se reelegeu.
O efeito Temer alcançou também Cacá Leão, que mesmo apoiando Rui Correria e com uma das campanhas mais presente no município, perdeu mais de 1.000 votos. Essa também foi uma novidade, já que estimávamos cerca de 3.000 votos para o filho do vice-governador.
Já Lídice da Mata e Alice Portugal que foram aguerridas lutadoras contra Temer apareceram com votações expressivas na cidade como havíamos dito, a surpresa é que ambas superaram os 2.000 votos.
Acertamos em cheio que a maior candidatura do PT em Lauro de Freitas, Carlos Martins, estaria entre os 5 mais votados nas urnas da cidade e isso aconteceu.
O voto evangélico esteve muito mais concentrado do que estimávamos, o Pastor Sgt. Isidório teve a maior votação da cidade e ultrapassou 9.000 votos e nós apostamos apenas 3.000.
Já tínhamos alertado que Chico Franco ficaria aquém dos 7.675 que ele obteve para estadual em 2014, não foi surpresa os poucos mais de 2 mil votos.
Destacamos ainda, que mesmo sendo candidaturas novas, Joseildo Ramos (PT) e Mirian Martinez (PSD), poderiam entrar no Ranking dos 10 mais, e acertamos!
Um outro acerto importante, foi a aposta que fizemos, que, sem a candidatura de Moema, diferente do que aconteceu em 2014, teríamos mais candidaturas que ultrapassariam os 1.000 votos na cidade. O número de candidatos que ultrapassaram a barreira dos 1.000 votos saltou de 13 para 22.
Nelson Pelegrino (PT) triplicou sua votação na cidade. Foram 412 votos em 2014 e 1516 em 2018. A eleição de Palegrino é importante pois demarca um campo no PT liderado por Lula Maciel, atual secretário de governo.
Quem chegou bem nas urnas foi Manassés, a grande campanha foi revertida em votos. Se dependesse de Lauro de Freitas ele não teria perdido, já que 1 de cada 10 votos válidos na cidade foi para ele.
João Carlos Bacelar (Podemos) que contou com o apoio do Capitão Olinto e de Claudio Reis, assessor de mais de 10 anos do deputado, atendeu as expectativas. Projetamos 2 mil votos e o candidato obteve 2.116.
Um outro importante quadro da esquerda e que é uma referencia para o movimento negro no estado, deputado Silvio Humberto (PSB), também rompeu a barreira dos mil votos. Humberto teve o apoio do vereador Edvaldo Palhaço e fixou importantes bases na cidade, a exemplo da comunidade do Quingoma.
A maior surpresa foi a candidata da tropa de choque de Bolsonaro ter uma das 10 maiores votações da cidade. Com mais 2.500 votos, a Dayane Pimentel (PSL) aproveitou a votação de Bolsonaro para chegar a Câmara Federal.
Por: Ricardo Andrade e Matheus Santos