De fim de mundo jambeiro não tem nada. Essa comunidade fica a penas dez quilômetros do centro da cidade de Lauro de Freitas, a doze quilômetros do aeroporto internacional de Salvador e a apenas oito quilômetros do complexo universitário do município.
Essa idéia de fim de mundo é equivocada. O que falta a Jambeiro não é privilégio geográfico e sim respeito por parte de estado.
Quem mora em jambeiro, tem que se limitar ao ônibus que saí impreterivelmente as 20:30 de Vida Nova. Caso contrário, não chega em casa.
Quem mora em Jambeiro, à noite não pode cursar a faculdade que fica logo ali perto. Quem mora e Jambeiro não pode acessar a internet banda larga, pois a OI, empresa que tem a concessão do estado para oferecer o serviço, não disponibiliza o sinal àquela comunidade. Vale lembrar que logo a baixo, no condomínio Encontro das Àguas tem Velox pra todos.
Quem mora em Jambeiro, paga para postar uma correspondência no correio, mas o mesmo correio não entrega correspondências na casas dos cidadãos.
Jambeiro não é o fim do mundo não. Fim do mundo são as ações racistas do estado, do e das empresas que insistem em enxergar essa comunidade como uma sub-comunidade.
Jambeiro não é o fim do mundo não. Fim do mundo são as ações racistas do estado, do e das empresas que insistem em enxergar essa comunidade como uma sub-comunidade.
Jambeiro pode não ser dotada de casarões e condomínios de luxo. Pode não tem em sua população os grandes afortunados dessa cidade. Mas com certeza, é um povo rico de si mesmo. Possuidores de uma riqueza natural indescritível.
Jambeiro tem uma juventude que quer estudar e acessar a internet. Jambeiro tem um público consumidor que quer sair do Iguatemi as 21:00 horas e quer receber suas encomendas pelo correio.
Jambeiro tem um povo que quer assistir TV a cabo ao mesmo tempo em que a criançada toma banho na cachoeirinha.
Jambeiro tem um povo que quer assistir TV a cabo ao mesmo tempo em que a criançada toma banho na cachoeirinha.